Quem mandou não se formar logo!
O dono da companhia onde trabalho resolveu este ano que quer ganhar mais dinheiro, e por isso resolveu, como todo empresário com deficiência intelectual, que a maneira mais rápida para isso seria cortando gastos com pessoal. Ele desperdiça toneladas de papel (e dinheiro), mas preferiu desperdiçar mão de obra qualificada e competente.
E como isso me prejudicou? Todos nós que ficamos tivemos que absorver o serviço que nossos ex-colegas faziam, e por conta disso agora eu estou, entre outras coisas, atendendo o público cliente.
E justamente hoje me apareceu uma daquelas figuras de se tirar o chapéu. Um cara que estava devendo prestações a perder de vista, e quando finalmente consegue pagá-las, vem ao banco cheio de pose e falando como se fosse dono de alguém lá dentro. Porque queria imediatamente que seu nome fosse retirado do Serasa, do jurídico, entre outras coisas. Quando tentei explicar para sua alteza que existe um processo burocrático que independe da pessoa que vos fala, ele perdeu a cabeça, e começou a citar nomes que não ajudariam em nada sua situação, como por exemplo, o diretor da agência.
(É incrível como algumas pessoas acham que saber o nome do diretor da agência lhes confere algum tipo de status ou regalias)
Ele estava irredutível. A cada vez que eu tentava explicar algo ele me cortava, e eu dizia que estava tentando ajudar, mas ele não estava permitindo. E sua esposa dizia a mesma coisa para ele. Na certa o sujeito pensava que eu iria me intimidar com toda a sua imponência e iria ceder a todas as suas vontades imperiais.
E como é de direito do cliente eu o encaminhei à Gerente, que rapidamente me chamou num canto para reclamar de eu ter-lhe repassado o cliente (mas se é direito do cliente, o que vou fazer, expulsá-lo!?).
Ela estava à margem de me desautorizar perante o cliente – coisa que eu reclamara poucos dias atrás numa reunião com uma supervisora da matriz, que veio de São Paulo só para escutar nossos problemas – e isso retira completamente nossa credibilidade e faz o procedimento institucional ir pelo ralo. Se ela tivesse “mexido os pauzinhos” para ajudá-lo, minha carta de demissão estaria em sua mesa no final da tarde.
Este post eu fiz em homenagem a todas as pessoas que tem de sofrer humilhações sem culpa alguma, nem pelo problema, nem pelo ruminante que grita e cospe saliva em suas caras. Não abaixem a cabeça. Não sejam reféns de clientes provincianos e chefes incompetentes.
É isso aí...que viva a revolução...rs.
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